sexta-feira, 6 de novembro de 2009

EDUCADORES

Todos somos educadores

Num sentido amplo, todos somos educadores.

Todos somos "educadores", porque ensinamos
- consciente ou inconscientemente - formas mais ou menos
interessantes de viver, que podem servir de estímulo para evoluir
ou de pretexto para manter-se na mediocridade.

Somos educadores, quando vamos nos construindo
como pessoas melhores, mais equilibradas,
mais competentes profissionalmente,
emocionalmente, socialmente.

Somos educadores de nós mesmos,
se vivemos cada etapa da vida com coerência,
aprendendo a lidar com nossas dificuldades,
contradições, defeitos, e avançamos, no ritmo possível,
tornando-nos pessoas mais afetivas, engajadas, realizadas.

Somos educadores, quando contribuímos para motivar as pessoas
que estão perto de nós, quando transmitimos esperança,
quando ensinamos valores humanizadores,
principalmente pelas nossas ações.

Somos educadores,
quando construímos uma trajetória pessoal,
familiar, profissional e social digna,
crescente e rica em todas as dimensões.

Muitos não acreditam no seu potencial de crescimento
e, infelizmente, se perdem ou se contentam com uma vida superficial,
consumista, autocentrada e insignificante.

Vale a pena - ao olhar para nossa vida, tão rápida e insegura –
constatar que está valendo a pena, que nosso saldo é positivo,
que não nos contentamos simplesmente em sobreviver,
que nos realizamos cada vez mais - com problemas e contradições -
como pessoas mais abertas, humanas e atuantes socialmente.

José Manuel Moran


terça-feira, 27 de outubro de 2009

AGRADECIMENTOS




Agradeço a cada aluno e aluna, pai, mãe, funcionária, funcionário, colegas professores do Onofre e de outras escolas que visitaram o Blog (mais de 600 visitas) estenderam o seu olhar através do meu olhar sobre as metas apresentadas e manifestaram seu apoio.

Reafirmo a todos o meu compromisso com a comunidade escolar do Onofre Pires, porque tenho o privilégio de olhar a escola como profissional que nela atua e também como mãe de aluno que nela estuda.

E foi o meu olhar sob estes dois ângulos que me permitiu vislumbrar um futuro melhor para todos que fazem história no colégio Onofre Pires.


A todos vocês o meu muito obrigada!


Com carinho da Profe Solange Britz

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

AUTONOMIA


LIÇÕES DE AUTONOMIA PARA AS ESCOLAS

AUTONOMIA: s.f.. Faculdade de se governar por si mesmo; direito ou faculdade de se reger por leis próprias; emancipação; independência. (Dicionário Silveira Bueno)

Delineado o caminho para alcançar os fins a que se propõe, as escolas elaboraram o Regimento Escolar que é “a tradução legal de tudo aquilo que o projeto pedagógico descreveu, esclareceu, definiu e fixou. (...) O Regimento Escolar, enquanto conjunto de normas que regem o funcionamento da instituição, pode concorrer para essa concentração de esforços no processo ensino-aprendizagem. (...) O Projeto Pedagógico é o sonhado, o idealizado. O Regimento Escolar é a diretriz orientadora” (Justificativa da Resolução CEED nº 236/98).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) ampara a escola conferindo-lhe total liberdade de organização e autonomia, para estabelecer, de maneira flexível, caminhos que possibilitem ações eficazes dentro do sistema educacional buscando o sucesso do aluno, respeitada suas diferenças individuais e a construção de seu conhecimento. Torna-se a escola a base de uma proposta de gestão democrática da educação com poder de decidir sobre seu projeto pedagógico e administrativo.

Conforme o Parecer 410/2001, do Conselho Estadual da Educação, os órgãos da administração do Sistema de Ensino e da rede, pelas mais variadas e estranhas razões, interferem no trabalho da escola, cerceando o exercício pleno da autonomia a ela conferida. Por privilegiar o administrativo e o “legal” ou por desconhecer a realidade específica de cada estabelecimento, ou por não avaliá-lo adequadamente, homogeneíza o que é heterogêneo, levando a escola a não assumir por inteiro sua responsabilidade pelo êxito ou fracasso das atividades nela realizadas.

Este Parecer vai além, dizendo que não tem sido raro que determinações oriundas de Coordenadorias atropelam o instrumento normativo da Escola, o Regimento Escolar. Esse Regimento, elaborado com a participação de toda a comunidade escolar, aprovado pela Entidade Mantenedora, e examinado e aprovado, em última instância, pelo Conselho Estadual de Educação, não é peça meramente formal que possa ser “aplicada” apenas quando convém. Ao contrário, o Regimento Escolar constitui um compromisso que obriga a escola e sua mantenedora. (grifo nosso)

Em primeiro lugar, portanto, o compromisso da entidade mantenedora consiste em proporcionar as condições para que a escola possa cumprir seu Regimento. Isso significa a alocação de recursos humanos necessários para a realização de todas as suas tarefas, a existência de carga horária de docentes suficientes para a realização dos estudos de recuperação, a imprescindível disponibilização de recursos materiais, acervo de biblioteca, equipamentos e materiais de consumo em laboratório, a adequada conservação de imóveis, etc.

Em segundo lugar, é também compromisso da mantenedora garantir – mediante a função de controle – que a escola cumpra sua tarefa, nos termos regimentais. Isso significa que é obrigação da entidade mantenedora zelar para que toda a atividade da escola se realize com estrita observância de seu Regimento Escolar. Conseqüências dessa afirmação são a entidade mantenedora não exigir da escola ações à margem da norma regimental e não interferir nos aspectos essencialmente pedagógicos que são o espaço próprio de movimentação dos professores. Assim, se a administração da rede de escolas estaduais- ou qualquer outra rede – fizer exigências a uma escola, ela poderá validamente fazê-lo com base no Regimento Escolar e nos limites deste. (grifo nosso)

Conforme ainda o Parecer 374/00 do CEED, as exigências da lei não são gratuitas. Elas têm razão de ser e não há como encontrar justificativa para não cumpri-las. Ao administrador – e talvez se devesse dizer mantenedor – cabe prover as condições necessárias de infra-estrutura, quer material, quer humana para que se cumpra a lei. (Art 12, inciso V, Lei nº 9394/96).

Ignorar o Projeto Pedagógico, desconhecer o Regimento Escolar, usar um discurso alheio aos anseios de toda a comunidade escolar são, no mínimo, ações de pessoas que ou não conhecem a legislação, ou esqueceram por quem e para que foram eleitas.

Como muito bem diz Moacir Gadotti: “Uma escola pública autônoma tem maiores chances de garantir a qualidade de ensino do que uma escola obediente, submissa e burocratizada”.

Texto elaborado por Solange Maria Britz

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

HOMENAGEM AO PROFESSOR


Eu sou um professor.


Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.

Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade, a partir do nada no planalto brasileiro.

Os nomes daqueles que exerceram minha profissão, constituem uma galeria notável para a humanidade: Paulo Freire, Montessori, Emília Ferreiro, Moisés, Jesus.

Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão sempre lembrados nas realizações dos que educaram.

Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos...

No decorrer de um dia, já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador, tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, substituto de pai e mãe...

Eu sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir a minha voz. Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho a oferecer-lhes.Eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial...

Sou o mais afortunado dos trabalhadores.Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico. A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades mais sólidas.Um arquiteto sabe que se construir com cuidado, sua estrutura pode durar séculos. Um professor sabe que, se construir com amor de verdade sua obra com certeza durará para sempre.

Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo e a apatia. Mas tenho grandes aliados: a inteligência, a curiosidade, a criatividade, a fé, o amor, o riso.

E assim tenho um passado rico em recordações. Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos meus dias com futuro. Sou um professor... E agradeço a Deus por isso, todos os dias.

Felicidades pela passagem do DIA DO PROFESSOR.

(Texto de John Schlatter, adaptado por Guiomar de Mello)